Seminário de Formação Avançada - Economia Verde e Mudança de Paradigma de Gestão

27 de Fevereiro
ISG, Lisboa

Mas afinal o que é a ‘Economia Verde’? Estaremos perto de lá chegar, exigirá grandes mudanças sociais e políticas, teremos os instrumentos necessários para a fomentar, monitorizar, afinar? Quais riscos e custos sociais e económicos gerados pelos padrões recorrentes da degradação da matriz energética, do uso excessivo de recursos naturais e da desregulação dos serviços dos ecossistemas?


PROGRAMA

09:15 - Receção aos participantes

09:45 - Sessão de Abertura

10:00 - Business as Unusual ou como “todo o mundo é feito de mudança”
Luís Rochartre Álvares

11:15 - Coffee-break

11:30 - A Economia Verde num contexto de Inovação para a Sustentabilidade: onde estávamos, o que andámos a fazer e o que poderemos esperar?
Margarida Monteiro de Barros

12:30 - Almoço Livre

14:00 - Análise trans-sectorial da Economia Portuguesa: ‘Green-testing the Paradigm Shift’
Nuno Gaspar de oliveira

15:45 - Coffee-break

16:00 - Opening the Green Toolbox: Introdução aos Instrumentos e Ferramentas de apoio à implementação da Economia Verde em contexto empresarial e corporativo
Inês Cosme Teixeira

17:30 - Discussão aberta.


formadores
Nuno Gaspar de Oliveira (coord.) é Biólogo da área da Ecologia e Conservação da Natureza (FCUL). É docente de Economia da Energia e dos Recursos Naturais da Licenciatura de Economia do ISG Business & Economics School e investigador da área de Sustentabilidade e Ambiente no CIGEST - ISG. Doutorando na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNL) na área de Geografia e Ambiente. Consultor em ‘Negócios, Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas’. Colabora com a Quercus ANCN no projecto ‘EcoSaldo - Condomínio da Terra’, e colabora com a WWF no portal ‘HABEaS - Hotspot Areas for Biodiversity and Ecosystem Services’.

Luís Rochartre Álvares é Engenheiro Florestal da UTAD, pós graduado pela Stanford Graduate School of Business e Harvard Business School em Sustentabilidade. Secretário-geral da Empordef – Empresa Portuguesa de Defesa (SGPS), SA e CEO da Defloc – Locação de Equipamentos de Defesa, SA. Presidente da Comissão Técnica 145 – Gestão Florestal Sustentável – IPQ/ICNF, membro do Conselho Consultivo do PEFC Portugal, membro da Comissão de Resolução de Conflitos do FSC Portugal. Foi Secretário Geral do BCSD Portugal - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável e representante nacional no World Business Council for Sustainable Development até 2011, actualmente é Professor Convidado do IDEFE/ISEG-UTL, Investigador e Professor Convidado CIGEST/ISG.

Margarida Monteiro de Barros. Designer de Sistemas Ecológicos. Especialista na criação, desenvolvimento e aplicação de estratégias de inovação. Consultora sénior em inovação para diferentes indústrias e mercado entre Espanha, Inglaterra e Portugal. Conhecimento e experiencia transversal às diferentes etapas do negócio. Mestre em Design para a Sustentabilidade (Crandfield University). Doutorada em Inovação para a Sustentabilidade, tese centrada nos COMOs das intervenções culturais e operacionais, para provocar uma mudança radical de paradigma e, utilizando o Design Thinking, criar novas oportunidades e resultados (Loughborough University). Desde 2011 trabalha para a Amorim Cork Composites

Inês Cosme Teixeira. MSc em Engenharia do Ambiente pela FCT/UNL, com especialização em Gestão e Sistemas Ambientais. Doutoranda no Programa de Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, uma iniciativa conjunta entre a NOVA a Universidade Técnica de Lisboa, a Universidade de Lisboa e a University of East Anglia. Investigadora em economia ecológica, avaliação de sustentabilidade e sustainable degrowth. Trabalha no CENSE - Center for Environmental and Sustainability Research (FCT-UNL) e é investigadora convidada no CIGEST-ISG, no âmbito do projecto “EcoSaldo - Condomínio da Terra” da Quercus-ANCN. Voluntária no núcleo regional de Lisboa da Quercus-ANCN, integrando no Grupo de Apoio Técnico.

fundamentação
O conceito de ‘Economia Verde’ (Green Economy) nasce antes de mais do desafio em criar uma sociedade mais justa, equilibrada e sustentável e resulta na melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Mas afinal o que é a ‘Economia Verde’? Estaremos perto de lá chegar, exigirá grandes mudanças sociais e políticas, teremos os instrumentos necessários para a fomentar, monitorizar, afinar? Quais riscos e custos sociais e económicos gerados pelos padrões recorrentes da degradação da matriz energética, do uso excessivo de recursos naturais e da desregulação dos serviços dos ecossistemas? Como podem os ecossistemas industriais e de serviços adaptarem o seu paradigma de gestão à mudança que chega sem precisar de pedir licença? Serão os profissionais da área de ambiente a chave para implementar a economia verde durante esta mudança de paradigma da gestão em que passamos da ilusão do crescimento contínuo para a necessidade de inovação, eficiência e criação de sistemas mais inteligentes?
Em termos de questões e desafios práticos ao desenvolvimento e implementação da ‘Economia Verde’: será possível ligar a geração de rendimentos e de postos de trabalho com a mitigação da pobreza e conservação do capital natural? Haverá o risco de desvio em direcção a aspectos mais economicistas promovidos pelo (ab)uso de instrumentos de mercado ‘clássicos’? Será que só as economias que já disponham de capital humano e tecnológico para o “esverdeamento” da economia é que estarão preparadas para tomarem o ‘pelotão da frente’? Se na ‘Economia Castanha’, os sectores poluidores tem crescimentos mais rápidos, duradouros e apetecíveis para os investidores, como é que os mercados poderão reagir à crescente pressão para desqualificar ou penalizar fortemente estes sectores? A ‘Economia Verde’ virá confirmar ou renegar a dicotomia entre crescimento económico e conservação ambiental? Conseguiremos finalmente assistir à já famosa internalização das externalidades ambientais nos instrumentos de planeamento e gestão económica, financeira e fiscal? Sendo Portugal um país historicamente com grande vocação agrícola, florestal, marítima e turística, estará melhor preparado para aceitar, promover e desenvolver a inovação necessária para a transição para a ‘Economia Verde? Que empresas, empreendedores e empresários poderão nascer e prosperar neste cenário de mudança de paradigma económico?
Estas são algumas das questões de base que pretendemos explorar com este Seminário de Formação Avançada.


objetivos gerais do curso
Trazer o tema da Economia Verde para o centro do debate; confrontar decisores, analistas, técnicos e consultores com a mudança de paradigma; analisar a importância material da Economia Verde na recuperação económica Portuguesa; explorar quais as vias abertas e por abrir; identificar alguns dos instrumentos e ferramentas de apoio à introdução da Economia Verde nas organizações, desde as ONG às PME e Corporações.


destinatários
- Gestores de empresas, empreendedores, técnicos e consultores na área da gestão, inovação e economia;
- Responsáveis pelas áreas de ambiente e/ou sustentabilidade das organizações;
- Estudantes de mestrado, doutoramento e outros investigadores que estejam focalizados no tema da mudança do paradigma de gestão e da economia verde.