Moçambique, Angola e Cabo Verde assistiram, nas últimas semanas, ao lançamento de novos projetos de infraestruturas, como barragens e estradas, de que irão recolher os benefícios nos próximos anos.

Numa altura em que Angola procura expandir a sua capacidade de produção de eletricidade, em particular no interior do país, a China Gezhouba Corporation (CGGC) assinou, no início do mês, um contrato com o governo de Angola para remodelar e expandir uma barragem na Lunda Norte.

O contrato prevê a reparação do equipamento existente, substituição do atual canal e construção de uma nova central de produção com 48,5 megawatts de capacidade, além de uma subestação de transformação.

Localizado no rio Lua Sim, o projeto, a ficar concluído dentro de 3 anos, “irá assegurar a segurança energética e melhorar a economia local, estabilidade social e ambiente de investimento”, refere a empresa, que anteriormente ganhou o contrato para a construção do porto de Cabinda.

As empresas chinesas têm vindo a ter um papel de liderança na reparação e construção de infraestruturas em Angola, nomeadamente, estradas e caminhos-de-ferro, mas também escolas, hospitais e outro tipo de edifícios públicos.

O financiamento tem sido assegurado pelas linhas de crédito concedidas por bancos estatais da China, garantidas por contratos de fornecimento petrolífero, que fazem com que hoje Angola seja o segundo maior fornecedor de petróleo à China, com tendência para ganhar terreno em relação à Arábia Saudita.

Também Moçambique recebeu, nas últimas semanas, a notícia de um importante projeto envolvendo empresas chinesas, neste caso rodoviário.

Com financiamento do Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China, avaliado em mais de 416 milhões de dólares, serão reparados 286 quilómetros de estrada entre o porto moçambicano da Beira e a fronteira com o Zimbabwe.
in O País