A Cimentos de Moçambique prevê, brevemente, construir um silo com capacidade de armazenar mil toneladas de
cimento numa das suas fábricas do produto localizada na cidade de Nacala-Porto, província de Nampula.

O director da empresa, Marcelino Manhera, revelou que o facto vai significar o incremento da capacidade de oferta de cimento no mercado da região norte e consequente estabilização do seu preço que nos últimos dois meses foi especulado pelos sindicatos organizados que causaram prejuízos incalculáveis à indústria de construção civil.
No quadro do investimento anunciado, a Cimentos de Moçambique vai adquirir uma nova ensacadora para equipar a sua fábrica com tecnologia moderna recentemente adquirida da extinta CINAC, medida que tem como propósito incrementar o ritmo de ensacamento de cimento produzido naquela unidade com capacidade nominal de 750 toneladas por dia.
A capacidade de ensacamento da fábrica que vai sofrer beneficiações é, neste momento, de 1200 sacos de cinquenta quilogramas por hora, o que correspondente a 60 toneladas de cimento, capacidade que, entretanto, será duplicada nos próximos tempos.
Marcelino Manhera acrescentou que com aquelas operações a sua empresa assegura maior disponibilidade de cimento no mercado, “e vamos capitalizar o potencial que a nova fábrica tem de poder produzir um pouco mais em relação à sua capacidade instalada de 18 mil toneladas mensais”.
As duas fábricas do grupo CIMPOR em Nacala garantem a oferta de cerca de 28 mil toneladas de cimento por mês.
Apesar de o mercado de cimento a nível da região norte, que compreende as províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa, além da vizinha Zambézia, não manter o ritmo de procura do produto ao longo do ano, o nosso entrevistado considera que as beneficiações numa das fábricas visando garantir maior produtividade vão contribuir para mitigar a especulação de preços.
O custo do cimento no mercado daquela região passou de 275 meticais o saco de cinquenta quilogramas, em Julho, para 400 meticais, em Nampula, 500, em Cabo Delgado, e 700 meticais, no Niassa, nos meses de Setembro e Outubro, devido à estratégia de sindicatos liderados por comerciantes desonestos que na sua atuação açambarcavam o produto para provocar escassez e, consequentemente, incrementar o seu preço.

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