O traçado da futura linha de caminho-de-ferro entre a bacia carbonífera de Moatize, na província de Tete e a zona costeira da província da Zambézia está ainda por decidir pelo governo de Moçambique, informou o jornal Notícias, de Maputo.

O jornal acrescentou que o governo aguarda pela conclusão dos estudos de impacto ambiental e social relativamente aos traçados propostos, o que deverá acontecer em Novembro próximo, posto o que será tomada uma decisão sobre onde construir um porto de águas profundas naquela província.
Inicialmente foi mencionado que a linha de caminho-de-ferro, com um custo de 500 milhões de dólares, ligaria Moatize e Macuse, no distrito de Namacurra, mas mais tarde surgiu um novo traçado ligando Moatize a Supinho, no distrito de Quelimane.

O director do consórcio privado Corredor de Desenvolvimento Integrado do Zambeze (Codiza), Abdul Carimo, disse ao jornal que, independentemente do traçado que vier a ser escolhido, o consórcio pretende que a linha termine o mais próximo possível da cidade de Quelimane.

Em Dezembro de 2013 o governo de Moçambique e a empresa Thai Moçambique Logística assinaram os contratos de concessão para a construção e gestão da linha ferroviária que liga Moatize (Tete) a Macuse (Zambézia) e do terminal portuário de Macuse.

A Thai Moçambique Logística é um consórcio constituído pelas empresas tailandesas Italthai Industrial Company
Limited, com uma participação de 60%, a estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, com 20% e a Codiza, consórcio de interesses moçambicanos, com os restantes 20%.

A construção da linha deverá começar em 2016 e ficar concluída cinco anos mais tarde, sendo que com uma extensão de 525 quilómetros irá proporcionar um percurso alternativo para a exportação de carvão, entre outros recursos minerais, extraído na província de Tete.
in Club of Mozambique