Em 2013 assinalamos 30 anos desde a publicação do primeiro número da Revista Maquinaria – precisamente em Fevereiro de 1983. Daí para cá muito mudou em Portugal e ocorreram alterações profundas no vasto universo linguístico comum aos países que hoje constituem a CPLP e às suas comunidades emigrantes – estas talvez presentes em todas as nações do globo.
De tempos já remotos, determinados pela evolução nas noções de mobilidade, perceção do sentido de cidadania e transformações sociais sem paralelo, entraríamos praticamente em simultâneo numa nova era informativa e comunicacional cuja expansão célere e intensa implica repensar conceitos enraizados. Nesta permanente maré tecnológica chegariam avanços fundamentais, por sua vez percursores de desígnios de progresso numa escala global – observa-se o mundo de qualquer lugar, territórios, urbes, mapas exatos e quaisquer dados – de quase todos pode instantaneamente conhecer-se o desenvolvimento ou mesmo os retrocessos.
As economias mais ou menos industrializadas e informatizadas, refletem assim adaptações intrínsecas a estes fenómenos: por um lado as estruturas empresariais, dos mais diversos sectores, procuram distinguir e estabelecer critérios de relevância quanto à informação de que dispõem, valorizando igualmente aquela que transmitem – conhecendo ou não quem alcançam. Noutro plano decisivo, muitas instituições administrativas desaproveitam a agilidade que estes avanços proporcionam, recorrendo-lhes sobretudo com fundamentos de controlo ainda mais complexos que no passado, sem conseguirem desenhar mecanismos funcionais simplificadores – uma incoerência dispendiosa que debilita gravemente o lado que mais interessaria fortalecer face a desafios hoje globais: a competitividade exige facilitação de processos e esta interpretação errónea desvirtua qualquer estratégia de fomento económico e sustentabilidade.
Não seria muito mais profícuo para os Estados que as empresas pudessem quase somente aplicar os seus recursos nas práticas que as mantêm vivas? Que resultados operacionais realizariam libertas da inconstante malha legislativa que as envolve constantemente? Bastará apenas fazer contas muito simples para chegar a conclusões bastante claras.