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Tópico: Ordem dos Engenheiros Brasileira Despreza Engenheiros Civis Portugueses

  1. #1
    Membro Estagiário Avatar de Altos
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    Mar 2013
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    Padrão Ordem dos Engenheiros Brasileira Despreza Engenheiros Civis Portugueses

    Segue abaixo o comunicado de um conselheiro do CONFEA que é a sigla que identifica o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (equivalente à ordem dos engenheiros portuguesa) que se manifesta contra a acreditação de Engenheiros Civis estrangeiros, referindo-se em particular aos Engenheiros Civis Portugueses.

    Este comunicado está a causar grande mau estar nas relações entre Brasil e Portugal.

    "Existe um poderoso movimento nos bastidores visando que o Plenário do CONFEA aprove em Reunião Plenária, até 31 de abril de 2013, um acordo de flexibilização para a entrada de Engenheiros portugueses no Brasil.

    Na realidade trata-se não de uma flexibilização, mas, sim, de uma abertura do nosso mercado de forma sumária, que permitirá que Engenheiros de todas as modalidades, filiados à Ordem dos Engenheiros de Portugal, possam ingressar no Brasil, sem necessidade de revalidação de diploma e análise de grade curricular, como atualmente ocorre, e comecem a ocupar funções profissionais com um simples "visto temporário" emitido pelos CREAs.

    O Colégio de Presidentes dos CREAs - inclusive essa é a posição do Presidente do CREA-RS, Engenheiro Civil Luiz Capoani -, em sua quase totalidade, manifestou-se contrário a esse projeto, mas, mesmo assim, o mesmo vem sendo articulado de forma consistente por forças externas, com forte apoio interno no CONFEA - houve até uma tentativa frustrada de se aprovar o acordo em rito sumário na Plenária de abril de 2012.

    É nossa obrigação, como Conselheiros Federais, defender a Engenharia brasileira e, principalmente, o nosso mercado de trabalho. Passamos muitos anos em profunda recessão e sem emprego para os Engenheiros, e os europeus nunca abriram ou flexibilizaram a entrada de brasileiros, muito pelo contrário.

    Neste momento em que Portugal enfrenta profunda recessão, com quase 20% de taxa de desemprego, abrir nosso mercado dessa forma significará uma verdadeira invasão - inclusive já existem tratativas para estender esse acordo com Espanha e Argentina.

    Esse projeto somente interessa ao processo de globalização das multinacionais e ao mercado financeiro internacional, mas o que causa profunda estranheza é o interesse e a defesa desse acordo por alguns setores do CONFEA, inclusive Conselheiros Federais.

    O Brasil irá investir pesadamente em infraestrutura nos próximos 20 anos, com previsão de dobrar sua capacidade energética e portuária e triplicar sua malha rodoviária e aeroviária, entre outros itens, e essa abertura, primeiramente para os profissionais estrangeiros, num segundo momento irá com certeza ser estendida às empresas de Engenharia internacionais, pois praticamente não existe previsão de crescimento na Europa para os próximos 10 anos.

    Temos convicção de que o Plenário do CONFEA não irá aprovar essa proposição e saberá defender com autonomia e independência os interesses dos profissionais brasileiros, que elegeram através do voto todos os seus atuais representantes que estão no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.

    Finalizando, gostaríamos que os colegas enviassem mensagens eletrônicas aos seguintes emails, posicionando-se sobre o assunto: acom@confea.org.br e rsmelvis@gmail.com.

    Necessitamos do apoio e respaldo da nossa comunidade profissional para podermos fazer esse enfrentamento e derrotar essa proposição extremamente nociva aos interesses dos Engenheiros e da sociedade brasileira.

    Também devemos ficar alertas ao Projeto de Lei nº 2.245, que regulamenta a profissão de Tecnólogo no Brasil e se encontra em fase terminativa no Congresso Nacional: da forma como está redigido, equipara as atribuições desses profissionais aos Engenheiros Plenos, sem definição das mesmas pelos CREAs, consolidando um modelo que irá gerar profundos prejuízos ao exercício da Engenharia e afetar a qualidade dos serviços técnicos prestados à sociedade.

    Engenheiro Civil Melvis Barrios Junior
    Conselheiro Federal-RS - CONFEA
    "

  2. #2
    Membro Intermédio Avatar de lania
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    Não sei por que está causando mau estar. É uma questão de reciprocidade uma vez que os engenheiros do brasil têm o mesmo tratamento quando querem trabalhar em portugal.

  3. #3
    Membro Intermédio Avatar de Hugo Marques
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    Citar Publicado Originalmente por lania Ver Mensagem
    Não sei por que está causando mau estar. É uma questão de reciprocidade uma vez que os engenheiros do brasil têm o mesmo tratamento quando querem trabalhar em portugal.
    lania, isso não é bem assim. A ordem dos engenheiros portuguesa acredita anualmente várias dezenas de engenheiros brasileiros.
    E nunca tive conhecimento de nenhum engenheiro português que tenha sido recentemente autorizado a assinar projetos no brasil.

  4. #4
    Membro Efetivo Avatar de Valter Brito
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    Teixeira Duarte SA
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    Muito deprimente. Não tem a ver com reciprocidade tem a ver com protecionismo.

  5. #5
    Pedro Pinho
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    já enviei uma mensagem para o email do prezado colega Melvis sobre o que penso sobre o assunto.

  6. #6
    Membro Intermédio Avatar de Amélia Lourenço
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    Aug 2010
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    Altos Engenharia e Gestão
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    Atenção que o Engenheiro Civil Melvis Barrios Junior não representa a CONFEA, é apenas um conselheiro e tem direito a expressar a sua opinião sem que a mesma reflita a posição da CONFEA.
    Tal como ele refere, vai estar a votação um "acordo de flexibilização para a entrada de Engenheiros portugueses no Brasil", a que ele se opõe.
    Pode até acontecer que o acordo seja aprovado, apesar de ser pouco provável, devido à política protecionista do Brasil que o Valter Brito referiu.

  7. #7
    Especialista Avatar de jjoverdadeiro
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    Jan 2010
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    O título não faz sentido e o que ele escreve é a mais pura realidade. Os profissionais brasileiros é que foram desprezados durante anos em Portugal (e continuam a sê-lo).
    Agora o tom em que escreve é que não é o mais correto. Por exemplo, não acredito que a Ordem dos Engenheiros se referisse alguma vez desta forma aos engenheiros brasileiros. É uma questão de cortesia profissional.

  8. #8
    Membro Intermédio Avatar de Wilson Matias
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    Sep 2012
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    Citar Publicado Originalmente por Amélia Lourenço Ver Mensagem
    Atenção que o Engenheiro Civil Melvis Barrios Junior não representa a CONFEA, é apenas um conselheiro e tem direito a expressar a sua opinião sem que a mesma reflita a posição da CONFEA.
    Tal como ele refere, vai estar a votação um "acordo de flexibilização para a entrada de Engenheiros portugueses no Brasil", a que ele se opõe.
    Pode até acontecer que o acordo seja aprovado, apesar de ser pouco provável, devido à política protecionista do Brasil que o Valter Brito referiu.
    Não acho que seja tão pouco provável...a contribuição e o know-how das empresas de engenharia portuguesas são amplamente reconhecidos em todos os setores de atividade comercial no Brasil.

  9. #9
    Membro Intermédio Avatar de TadeuAmerico
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    Nov 2012
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    É por estas e por outras que as obras para o mundial e olímpicos estão com atrasos monumentais e correm o risco de não serem finalizadas a tempo.

  10. #10
    Valdir
    Visitante

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    As faculdades brasileiras de engenheria civil são muito ruins com centenas de vagas e com lucro fácil em mente pelo que todos os engenheiros recém-formados têm dificuldade em encontrar lugar

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