A OPWAY Engenharia vai participar na obra do Aproveitamento Hidroeléctrico de Ribeiradio – Ermida, empreitada orçada em 88 milhões de euros que deverá estar concluída em 2013.

O Primeiro-ministro, José Sócrates, assistiu ao lançamento desta obra reconhecida como Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN), na freguesia de Ribeiradio, concelho de Oliveira de Frades.

O aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio – Ermida, à semelhança da obra de reforço de potência da barragem de Picote enquadra-se na estratégia do Governo de duplicar a capacidade de produção de energia eléctrica e eliminar as importações (actualmente cerca de 20% do consumo) de electricidade até 2020.

A barragem é composta por duas infra-estruturas - Ribeiradio e Ermida – e tem como finalidade principal a produção de energia hidroeléctrica por fonte renovável e limpa, garantindo também os volumes necessários para o abastecimento público, industrial e rega, tanto a jusante do aproveitamento como a partir das albufeiras que serão criadas. Quando concluído, o aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida irá possuir uma potência total instalada de 78,1 megawatts.

O projecto, desenvolvido pela Greenvouga (empresa detida pela EDP e pela Martifer) e há muito reclamado pela população local, irá dar oportunidades de actividade a centenas de fornecedores e empresas da região. Estima-se que no pico da obra, 550 pessoas directamente e 1700 indirectamente estarão a trabalhar neste projecto, que se prolonga por 44 meses.

O aproveitamento integrado dos recursos hídricos do rio Vouga foi objecto de diversos estudos ao longo das últimas três décadas. Os vários estudos identificaram a falta de capacidade de armazenamento disponível na bacia do Vouga, estando na base das dificuldades de regularização dos caudais nela gerados. Estes caudais, embora geralmente abundantes, encontram-se frequentemente mal distribuídos a nível temporal, dando origem a períodos de escassez em períodos de estiagem e a cheias significativas em períodos de fortes precipitações, principalmente nas zonas baixas da bacia. O projecto foi retomado em 2007, pelo INAG, tendo sido o aproveitamento de Ribeiradio considerado importante sob o ponto de vista económico, na componente de produção hidroeléctrica.

A empreitada foi ganha em consórcio com as construtoras FCC e Ramalho Rosa e inclui ainda a construção de acessos à barragem pelas margens esquerda e direita, bem como o restabelecimento da EM 569 (estrada municipal), que liga Sever do Vouga e Ermida, que passará a fazer-se pela margem direita do Rio Vouga. O restabelecimento da ligação irá desenvolver-se a cotas superiores às da estrada actual, que ficará submersa pela albufeira da barragem.


Fonte: Construção Magazine