O presidente da maior cimenteira portuguesa, Ricardo Bayão Horta, teve o apoio do conselho de administração para afastar o CEO, Jorge Salavessa de Moura.

Lisboa - A Cimpor, maior cimenteira portuguesa e com forte presença no Brasil, demitiu esta quinta-feira o presidente da comissão executiva, Jorge Salavessa de Moura, tendo designado para ocupar o cargo de CEO Ricardo Bayão Horta, que já é o 'chairman' do grupo. A mudança surge em resultado da instabilidade entre os maiores accionistas da companhia.

O conselho de administração da Cimpor tomou a decisão de substituir Jorge Salavessa de Moura por Ricardo Bayão Horta na presidência executiva durante uma reunião realizada esta quinta-feira. O conselho da Cimpor deliberou que na ausência ou impossibilidade de Ricardo Bayão Horta a presidência será exercida por Luís Sequeira Martins.

Em comunicado ao mercado, a administração da Cimpor refere que "esta alteração à composição da comissão executiva, através da acumulação num único administrador das funções do presidente do conselho e de CEO, permite a adopção do modelo de governo e de articulação entre o conselho de administração e a comissão executiva que, neste momento, melhor serve os interesses da sociedade e o funcionamento das respectivas estruturas de administração".

Na reunião o conselho de administração da Cimpor decidiu que se manterão na comissão executiva Luís Sequeira Martins, Manuel Faria Blanc, António Morais Varela e Luís Ribeiro Vaz.

A Cimpor tem como maiores accionistas a construtora Teixeira Duarte (22,9%), a francesa Lafarge (17,3%), o empresário Manuel Fino (10,7%), o fundo de pensões do BCP (10%) e a estatal Caixa Geral de Depósitos (9,6%).

A presença internacional da Cimpor inclui países como o Brasil (seis fábricas de cimento), Espanha, Marrocos, Egipto, Turquia, Tunísia, Moçambique, África do Sul, China, entre outros.

Fonte: Portugal Digital