Água dos rios portugueses perdeu qualidade em 2008. Portugal está obrigado pela Directiva-Quadro da Água (DQA), transposta em 2005 para o direito nacional pela Lei da Água, a atingir o bom estado ecológico das águas, em 2015. No entanto, em 2008, 37,6 por cento das águas superficiais, divididas pelas 15 bacias hidrográficas, apresentavam qualidade “má” (24,7 por cento) ou “muito má” (12,9 por cento).
Este valor é superior ao registado em 2007, quando as águas com “muito má” e “má” qualidade somavam 35,8 por cento, e havia até 2,1 por cento de massas de água com qualidade “excelente”. No ano passado, nenhuma das estações de monitorização identificou água de “excelente” qualidade, e só os rios Lima e Arade tiveram 100 por cento de massas de água com “boa” qualidade.

Segundo os dados recentemente disponibilizados no site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), do Instituto da Água (Inag), os rios mais problemáticos são o Lis, com 100 por cento de água “muito má”, e o Mira, nas mesmas condições. No caso do Lis, a situação arrasta-se pelo menos desde 1995 (desde que há registo na base de dados do SNIRH), provocada em grande parte pelas sucessivas descargas de efluentes feitas pelas suiniculturas locais, que afectam igualmente o rio Mira.

Fonte: Ambiente Online