A construção do novo edifício sede da editora Cofina, em Benfica, Lisboa, vai ser alvo de um inquérito a ser elaborado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.
A noticia foi avançada à Lusa pela Procuradoria-Geral da República que adianta que o organismo liderado por Pinto Monteiro se prendeu sobre um processo contra a Câmara de Lisboa, por ter autorizado a construção, e por um outro a propósito de os promotores imobiliários da urbanização onde se insere o prédio da Cofina, não terem alegadamente pago taxas camarárias pelo uso dos terrenos, já que os direitos de isenção teriam passado do Sport Lisboa e Benfica (antigo proprietário) para as empresas
De acordo com a mesma fonte, o prédio que acolherá as várias redacções do grupo Cofina e um supermercado foi embargado pela segunda vez em Junho, depois de elementos da autarquia terem apurado que os responsáveis da obra estavam a desrespeitar a proposta para colocar vegetação na cobertura.
Em vez disso, a direcção municipal de gestão urbanística encontrou vários equipamentos de climatização de elevada volumetria.
O departamento de projectos estratégicos da câmara disse esta semana à Lusa que o promotor já apresentou um projecto de alterações que está em “audiência prévia”.
A construção do lote, junto ao Estádio da Luz, foi aprovada em 2001, tendo o projecto de arquitectura sido aprovado em 2004, no tempo em que o PSD liderava a autarquia.
Contudo, só em Janeiro de 2008, já com o socialista António Costa à frente da autarquia, é que foi aprovada a licença de construção do edifício, à luz de uma rectificação do alvará de loteamento.
No início deste ano, o município anunciou que tinha mandado refazer o processo urbanístico, ordenando a abertura de um inquérito na sequência do desaparecimento do alvará.

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