Uma majestosa e luxuosa estância turística a ser implementada em três anos orçada em 2.500 mil dólares norte americanos está projetada para a praia de Sambanzoó que dista aproximadamente 100 km a Este da vila de Muanza, em Sofala.

Trata-se da primeira infra-estrutura do género na região que vai catapultar a vida daquela comunidade essencialmente agro-pesqueira, numa iniciativa da Multi-Serviços do Grupo Transportes Carlos Mesquita (TCM) a ser concretizada numa área continental de dez hectares em duas fases, concretamente na edificação de 40 casas, para além de um centro de conferências, campo para jogos e outros edifícios para a diversão dos turistas.
Para o arranque do projeto, segundo o gestor do empreendimento, Jacinto Ernesto, vai decorrer entre Outubro e Novembro próximos o mapeamento e consultas comunitárias, visando o reassentamento dos afetados a praia para dar lugar a implantação de algumas infraestruturas turísticas e sociais, numa área de aproximadamente dois hectares.

Depois do período chuvoso, conforme está previsto, arranca em Abril do próximo ano a fase de arruamentos e terraplanagens em que serão criados entre 40 e 60 postos de trabalho maioritariamente para os moradores locais.
Pelas dificuldades das vias acesso e na base da parceria público-privada, os mentores do projeto tencionam ainda construir um ramal a partir do Cruzamento de Derunde ao longo da Linha de Sena para a circulação de automotoras entre Beira e Sambanzoó.

Numa primeira fase, o empreendimento vai contar com o funcionamento de painéis solares e grupos geradores para energia elétrica, enquanto se aguarda pela chegada na vila de Muanza da corrente da rede nacional a partir do primeiro semestre do próximo ano.

O governador Félix Paulo, que recentemente se informou no terreno sobre o projeto, entende que, de facto, a concretização daquela atividade vai impulsionar o desenvolvimento da província de Sofala e particularmente do distrito de Muanza.

Para além das infraestruturas para acomodação dos turistas, o governante ressalvou que o empreendimento compreende a componente social na construção de câmaras frigoríficas para a conservação do pescado e abertura de furos de água para comunidade circunvizinha.

O governador de Sofala classificou igualmente a iniciativa como uma mais-valia na comunicação, instalação de energia elétrica e redução dos índices de desemprego para os residentes da zona.
Segundo os dados disponíveis, vivem na praia de Sambanzoó um universo de 385 famílias de pescadores oriundas de diversos pontos de Machanga, Chibabava. Zambézia, Nampula.
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