Mota-Engil e Espírito Santo satisfeitos com operação de concessões no Brasil
Presidente da participada Ascendi diz que a actividade no mercado brasileiro, iniciada no mês de março, "está a correr bastante bem".

Lisboa - A Mota-Engil e o Grupo Espírito Santo, que controlam a empresa portuguesa de exploração de concessões Ascendi, estão satisfeitos com a aposta feita no Brasil. O presidente executivo da Ascendi, Gonçalo Moura Martins, afirmou numa entrevista hoje publicada que a actividade iniciada este ano no mercado brasileiro "está a correr bastante bem".

"Começámos com a actividade no Brasil em Março, quando assinamos a concessão rodoviária Marechal Rondom, a Leste, no Estado de São Paulo. Está a correr bastante bem, havia um prazo de seis meses para estabelecermos oito praças de portagens e cumprimos todos os prazos", afirmou Gonçalo Moura Martins em entrevista ao "Diário Económico".

Na entrevista ao jornal português o presidente executivo da Ascendi também elogiou o dinamismo revelado pelo Brasil. Segundo Gonçalo Moura Martins, "o mercado brasileiro é menos controverso" que o português.

A Ascendi, controlada a 60% pela Mota-Engil e a 40% pela Espírito Santo Concessões, é uma das empresas mais activas nos concursos portugueses para a exploração de novas concessões rodoviárias, mas este é um negócio que tem gerado problemas ao nível dos concursos públicos e que tem levantado dúvidas ao Tribunal de Contas, pelas diferenças de preços entre as propostas apresentadas por vários consórcios em diferentes fases.

No Brasil, além da área das concessões rodoviárias (onde está presente a também portuguesa Brisa, há mais anos, através da Companhia de Concessões Rodoviárias), a Mota-Engil tem interesse em desenvolver uma operação na área do ambiente.

Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços, o grupo português "está a ultimar negociações para aquisição de uma participação de 50% numa sociedade que opera no mercado de recolha e tratamento de resíduos", disse a companhia num comunicado divulgado na semana passada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O grupo Espírito Santo, por seu lado, mantém interesses em vários negócios no mercado brasileiro, o maior dos quais o financeiro. O Banco Espírito Santo é accionista de referência do Bradesco e o banco brasileiro é também um dos seus principais accionistas.


In Portugal Digital