A empresa de construção e engenharia norte-americana Bechtel foi escolhida para participar no primeiro projeto de liquefação de gás natural (LNG, na sigla inglesa) em Moçambique, que tem as primeiras vendas previstas para 2018.

A empresa foi escolhida pela também norte-americana Anadarko para projetos de engenharia e design para a fase inicial da fábrica de LNG que será construída ao largo da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
A futura fábrica terá uma capacidade de produção anual de cinco milhões de métricos cúbicos de gás natural liquefeito. "Estamos emocionados com a perspetiva de trabalharmos com a Anadarko e os seus parceiros no desenvolvimento de um projeto de classe mundial que garanta empregos e desenvolvimento económico a Moçambique", disse Jack Futcher, presidente da empresa, citado num comunicado.
A Anadarko prevê produzir 50 milhões de toneladas de gás natural liquefeito, no seu projeto do norte de Moçambique, cujas receitas poderão igualar o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique.
A Anadarko, com sede no Texas, EUA, considera que existem reservas suficientes que justificam a instalação de 10 unidades de liquefação, correspondente a uma produção anual de 50 milhões de toneladas de GNL nos próximos anos.
A produção deverá arrancar em 2018.
O consórcio liderado pela Anadarko (36,5%) integra a japonesa Mitsui & Co. (20%), as indianas Bharat Petroleum Corp. e Videocon Industries (com 10% cada), a tailandesa PTT (8,5%) e a moçambicana Empresa Nacional de
Hidrocarbonetos (15%).
Atualmente, a Anadarko emprega cerca de mil trabalhadores moçambicanos, e este número poderá aumentar para
atingir 10 mil durante a fase de construção.

in Dinheiro Digital