As obras de reabilitação e asfaltagem da estrada Nampula/Cuamba, num troço que totaliza 348 quilómetros integrados no Corredor de Desenvolvimento de Nacala, iniciadas no ano passado e cujo término está previsto para 2014, prosseguem com um nível de execução muito satisfatório, o qual permitirá o cumprimento integral do prazo estabelecido, segundo constatou o vice-ministro das Obras Públicas e Habitação, Francisco Pereira, que visitou recentemente os trabalhos naquela estrada.

Falando a jornalistas, o governante referiu, depois de ter percorrido todo o troço e conversado demoradamente com os representantes de todas as empresas envolvidas nessas obras, incluindo os f equipamentos de que os empreiteiros dispõem neste momento, a existência de bom material, particularmente solos e pedras ao longo daquela rodovia, permite que as empresas a executem com certa celeridade os seus trabalhos.

Num outro desenvolvimento, Francisco Pereira disse que alguns pequenos problemas que constatou, relacionados com aparente atraso, são perfeitamente ultrapassáveis, daí que todos os empreiteiros têm possibilidades de concluir as obras dentro do prazo estabelecido, até porque há uma boa indicação de que o lote “B”, que está mais adiantado em relação a outros dois lotes, possa terminar antes do tempo previsto, isso, em parte, pelo facto de o troço não exigir a construção de muitas pontes e aquedutos, como acontece noutros.

“Portanto, devo dizer que fiquei com uma impressão geral muito boa em relação à execução das obras de reabilitação e asfaltagem da estrada Nampula/Cuamba. Tanto os empreiteiros assim como fiscais estão a fazer um bom trabalho.
Estão a realizar as tarefas que lhes competem. Também através da análise detalhada que fizemos sobre os trabalhos em curso nesta via, acreditamos ou estamos convencidos de que até 2O14 esta estrada estará pronta. Tudo será feito para que tal aconteça”, disse Francisco Pereira.

Questionado sobre os atrasos generalizados que se verificam em todos os lotes na construção de algumas pontes e pontecas, o vice- ministro das Obras Públicas e Habitação disse que isso se deveu à crise de cimento que fustigou a província de Nampula recentemente. Garantiu que, depois de ultrapassada essa crise, os empreiteiros estão em condições de recuperar atempadamente tudo aquilo que foi perdido devido à falta ou escassez do cimento, daí que reiterou que os prazos serão cumpridos.

O projeto de habilitação da estrada Nampula/Cuamba está dividido em três lotes adjudicados a igual número de empresas, sendo duas chinesas e uma portuguesa. O lote A, que totaliza 131 quilómetros compreendendo o troço cidade de Nampula/Ribáuè, está com a Chico. O lote B, de 103 km, referente ao troço Ribáuè/Melemba, está a cargo da Gabriel Couto.

Trata-se de um grande projeto avaliado em 267 milhões de dólares financiados pelo Governo moçambicano e outros parceiros como Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Banco Africano de Desenvolvimento e pelo EXI Bank da Coreia.

A primeira pedra, que simbolizou o arranque oficial do projeto de reabilitação da estrada Nampula/Cuamba, foi lançada no ano passado pelo então primeiro-ministro de Moçambique, Aires Ali, cuja cerimónia, muito concorrida, decorreu na
vila-sede do distrito de Nampula/Rapale, um dos atravessados por aquela estrada.

Além de fazer parte do Corredor de Nacala, a estrada Nampula/Cuamba tem a particularidade de estar inscrita no conjunto de projetos no âmbito do Protocolo de Transportes, Comunicações e Meteorologia da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), ao abrigo do qual os estados-membros da organização pretendem assegurar uma integração total de infraestruturas a nível da região, com particular destaque para as estradas, portos e caminhos-de-ferro.
De igual modo, a estrada Nampula/Cuamba é considerada eixo principal para o desenvolvimento integrado da região norte de Moçambique, enquanto via preferencial para o escoamento da produção agrícola não só das zonas atravessadas pela rodovia mas também de algumas áreas do interior das províncias de Nampula e Niassa.

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