O governo de Moçambique decidiu iniciar o projecto de construção de um porto de águas profundas na região de Techobanine, no distrito de Matutuíne, província do Maputo.
Orçado em 7 mil milhões de meticais (207 milhões de dólares), o novo porto deverá, de acordo com o ministro Paulo Zucula, descongestionar o de Maputo e ser utilizado nas relações comerciais do Botswana com os seus parceiros.
Falando à margem da cerimónia de tomada de posse de novos administradores da Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula adiantou que o novo empreendimento terá uma capacidade de manuseamento de carga superior à do porto de Maputo, com a vantagem de que não vai acarretar serviços de dragagem, tal como acontece em portos como de Maputo e Beira, uma vez que possui, naturalmente, águas profundas.
As autoridades de Moçambique têm estado a acompanhar as operações de prospecção de carvão mineral em curso no Botswana, que, segundo indicadores preliminares, é de grande qualidade e pode alimentar volumes de exploração na ordem dos 40 milhões de toneladas por ano.
Tal facto, segundo perspectiva dos operadores ferro-portuários moçambicanos, constitui uma excelente janela que se abre ao negócio, sobretudo para o CFM, razão por que o arranque do projecto do porto de Techobanine é visto com particular interesse.