O consórcio multinacional Maputo Port Development Company (MPDC), que gere o Porto de Maputo, vai investir 550 milhões de euros até 2043, para poder manusear até 45 milhões de toneladas de carga por ano naquele que é um dos mais importantes portos do país.

O presidente do MPDC, Dave Rennie, afirmou na mais recente publicação da empresa que, até 2020, a empresa tem o objetivo de transportar 50 milhões de toneladas, considerando que "desde o início de 2013 algo ficou claro na mente de toda a equipa do MPDC: este é o ano de concretização".

O vasto plano do CFM, o de melhoria da eficiência ferro-portuária, resultante do "boom" dos recursos minerais em Moçambique, inclui ainda a implantação de portos de águas profundas nas zonas sul e norte.

Até 2015, Moçambique pretende construir um porto de águas profundas em Nacala-a-Velha, em Nampula, no norte, e outro na Ponta de Techobanine, a cerca de 60 quilómetros de Maputo, sul, que pretende criar condições para a exportação de minerais oriundos do Botsuana, devendo os projetos servir também a África do Sul e o Zimbabué.

Concebido ainda no período colonial, o projeto envolve a construção de uma linha ferroviária, com uma extensão de 1.100 quilómetros, que vai ligar o Botsuana a Moçambique.

Após a construção, o porto de Techobanine vai ficar localizado no interior da Reserva Natural de Elefantes de Maputo e da Reserva Especial Marinha da Ponta d ́Ouro, facto que tem preocupado alguns ambientalistas, porque no interior do parque está localizado um dos oito maiores recifes de corais do mundo.

Anteriormente, o consultor internacional de meio ambiente Ian Macdonald considerou a proposta como "louca".
in OJE